OS ATENTADOS EM PARIS: um eclipse, uma dor coletiva, os nós da Lua, o radicalismo, uma guerra velada que eclode e uma serpente que dá o bote. Diante disso, solidariedade e uma homenagem planetária.

Por Carlos Hollanda
OBS.: antes de tudo, um dado importante: em nenhum momento este texto pretende esgotar as possibilidades, nem tampouco se crê que foram exploradas todas as configurações possíveis associáveis ao ocorrido. Igualmente, a maior parte do que se segue é uma série de correspondências comuns em situações críticas como esta, mas sem a pretensão de determinar que tais situações se repetiriam invariavelmente. Por fim, a idéia é demonstrar alguns princípios para que possamos compreender o teor do momento e suas características celestes, não iniciar uma longa discussão conceitual ou defesas aguerridas de princípios que algum autor famoso e antigo tenha determinado.
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No momento dos atentados (aprox. 21:20, hora local) ocorria a quadratura T envolvendo a Lua, regente do ascendente em Câncer, Júpiter, regente da Lua, em Sagitário, e Kiron. Nesse caso, reitera-se aquilo que venho indicando há anos sobre o fato de que Kiron está envolvido em praticamente todas as configurações importantes em situações trágicas com ações humanas ou catástrofes naturais. É indicador de sofrimento coletivo em potencial. No atentado às Torres Gêmeas, por exemplo, ao compararmos o trânsito com o mapa dos EUA, Kiron situa-se na casa 1, oposto ao Marte radical. Marte em trânsito estava conjunto ao eixo nodal também em trânsito, naquela ocasião.


Aqui o nodo norte da Lua está em conjunção com Marte, um período em que há tendência acentuada a atos violentos no coletivo, repentinos atos de fúria, explosões em locais de risco. A maior parte parte dos atentados terroristas nas últimas décadas envolve aspectos tensos de Marte, Urano, Plutão e Kiron, com o eixo nodal, leia-se conjunções e quadraturas. A frequência desses contatos nessas ocasiões é simplesmente enorme. As conjunções com planetas ou fatores considerados “maléficos” ganham o mesmo status de tensão. Uma conjunção com um dos nodos obviamente implica a oposição com o outro. Uma quadratura toca ambos. O eixo nodal é de especial interesse nesses casos, inclusive porque é nele que ocorrem os eclipses. Estes, quase sempre associados a catástrofes que variam de terremotos e tsunamis até grandes crises político-econômicas. De fato, o atentado ocorreu numa configuração muito peculiar em relação ao último eclipse parcial do Sol, do dia 13/09, e ao último total lunar, do dia 28/09. Ambos, na data do atentado, têm Marte transitando sobre o Nodo Norte. O eclipse solar tem a quadratura T de Lua-Júpiter-Kiron atuando sobre ele. O lunar tem Marte sobre ele. Novamente a recorrência de tensões sobre os nodos ou os pontos de eclipse.

O mapa da França mais utilizado atualmente é o da Quinta República Francesa. Segundo o astrólogo britânico Nicholas Campion, em vez das 12h., como normalmente se tem usado, o mapa teria o horário das 6:30 da manhã, em Paris. Isso chegaria a um Ascendente entre 6 e 7 graus de Libra. Se esse estudo estiver correto, pelo consenso de alguns astrólogos britânicos, mais uma vez temos o tom marcial ativando o processo: Marte em trânsito no dia do atentado estava formando uma conjunção com o Ascendente e Vênus. Curiosamente, os atentados ocorrem em locais de esportes (Marte – as proximidades do estádio Stade de France) e de música (Vênus – o Bataclan). Mesmo que não considerássemos o horário das 6:30 como o da fundação da Quinta República, ainda assim, os aspectos dos trânsitos dos atentados ativaria o mapa francês, na Capital, pela quadratura T de Lua-Júpiter-Kiron, que toca Saturno radical, que se encontra, naquele mapa, na terceira casa (trânsito, imediações do foco central dos atentados, Paris). Não bastasse isso, Saturno em trânsito continua em sua oposição com Marte radical no eixo das casas 3 e 9: comunicações, imediações, estrangeiros, sistemas de crença. Por fim, a quadratura de Urano e Plutão atualmente no céu acerta em cheio a Lua desse mapa, a 14 graus de Câncer, na casa 10, formando, entre trânsito e radical, outra quadratura T. Plutão na casa 4 e Urano na 7, na quadratura, funcionam como crises envolvendo território nacional (casa 4) e relações internacionais (casa 7)

O trânsito do eixo nodal vem ocorrendo nas casas 6 e 12 da Quinta República. Eis, ao menos, o belo gesto solidário da população fazendo fila para doação de sangue nos hospitais (casa 12), o abrigo àqueles que, em meio ao pânico e morando em locais distantes do Centro, precisavam de refúgio (casa 12).
O Sol, no dia 13/11 transitava sobre a estrela Unukalhai, a alfa da Serpente, isto é, o animal que Esculápio segura como um encantador de serpentes. A estrela, pode ser considerada como o “pescoço” ou o “coração”, da serpente (Cor Serpentis). Sua natureza é de Saturno e Marte, conforme Ptolomeu e todos os demais autores a associam de algum modo a uma natureza marcial. O “cerne”, isto é, o “centro” ou o “coração” da serpente, embora biologicamente não seja o centro de produção de veneno (e sim as glândulas que se encontram na região da cabeça), é, simbolicamente, o assunto central desse símbolo: o veneno, aquilo cuja dosagem pode matar ou curar. Não por acaso Marte rege venenos. A estrela e o símbolo da serpente dominada por Esculápio, apesar de se relacionar com a idéia de ressurreição daquilo que estava supostamente morto, é também indicadora de ações sub-reptícias, como uma doença que se desenvolve obscuramente até que “dá o bote” ou como um problema latente que finalmente entra em crise. É, enfim, uma estrela cuja violência só ocorre em momentos inesperados, acumulando um mal até que este eclode incontrolável.

Quanto a Urano e Plutão: é conhecida a coincidência dos contatos entre esses dois planetas e ações beligerantes e extremistas, em que há imposições de uma ideologia sobre outras ou adesões massivas a propostas de “salvação” ou chegada a um estado “ideal” através da destruição ou aniquilação de quaisquer outras formas de pensamento e prática. O homem-bomba, o ataque terrorista, em que alguns assumem medidas de total radicalismo atacando o mais forte com ações imprevisíveis (Urano), a despeito da autodestruição (Plutão). Urano em Áries vem retrogradando e reassumindo a quadratura com Plutão em Capricórnio. Para se ter uma idéia do que menciono acima, entre os contatos desses planetas por aspecto está o início das primeiras Cruzadas e a ascensão do Nazismo. Em uma palestra que dei em 2012, demonstrei como isso pode ocorrer. A apresentação da mesma em formato PDF está disponível aqui.
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Os atentados ocorreram também numa casa de espetáculos, em que acontecia o show da banda Eagles of Death Metal, de rock pesado. Urano e Plutão correspondem a esse estilo musical, seja pela potência e agressividade da proposta, pela performance e visual macabro. Ainda durante o tiroteio no local, com mais de 100 mortos, Urano estava numa casa angular, a décima, o que quer dizer que sua manifestação estava enfatizada naquele momento.
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Detalhe curioso: um dos terroristas, ia completar 30 anos. Estava no fechamento do 1o. ciclo de Saturno, em Sagitário. A França da Quinta República, nasceu com Saturno nesse signo.