CALENDÁRIO DE PALESTRAS DE LANÇAMENTO – LIVRO – TRÂNSITOS PLANETÁRIOS

Lançamento em São Paulo, com palestra e leituras: 13/05, às 19h., na Regulus Astrologia. Entrada franca.

Lançamento no Rio de Janeiro, com palestra e leituras – AGUARDEM DIVULGAÇÃO EM BREVE.

Lançamento em Portugal – OUTUBRO DE 2016 – Lisboa e Porto – aguardem detalhes sobre dias, horários e locais – entre 18 e 24/10.

capaweb-retifUma das formas mais conhecidas de usar o movimento dos planetas para verificar as probabilidades do porvir, os trânsitos são as passagens dos planetas sobre determinados pontos no zodíaco, onde formam aspectos (ângulos) com os planetas de mapa natal ou com outros planetas que estão igualmente transitando no céu.

lendoAs técnicas de previsão fazem parte de um conjunto de procedimentos que os astrólogos usam para obter maior qualidade de vida, superando adversidades pelo conhecimento prévio que possuem dessas situações em potencial. Eu chamo essa atitude de “efeito Matrix”, em uma analogia com o primeiro filme da série “Matrix”, dos irmãos Wachowski, em que o protagonista, Neo, em uma das cenas mais interessantes, se desvia das balas disparadas por um dos agentes que o perseguiam, contorcendo o corpo até quase tocar o chão. As balas, ali, equivalem às realidades que enfrentamos e que se nos impõem a despeito de nossa vontade, mas o arbítrio, por menor que seja, consiste em reagir adequadamente a essas realidades e desviar-se, na medida do possível. Isso faz toda a diferença, ainda que, como no filme, uma das balas ainda passe de raspão pelo ombro do herói. Entender os trânsitos planetários é uma oportunidade de realizar isso da melhor maneira e, se não for possível dadas as circunstâncias, ao menos entender e superar as piores fases. E o melhor de tudo é que se soubermos agir e disciplinar certos impulsos, multiplicamos as melhores perspectivas.

 

 

 

 

 

Algol – a “Cabeça do Demônio” e a Égide de Atená

egideA estrela Algol, a Beta Persei, ou “Ras Al Ghul” – “Cabeça do Demônio”, referente, pela mitologia grega, à cabeça de Medusa, decepada por Perseu (a espada é Capulus – o copo da espada) e que depois serviu de arma “congelante”, matando Cetus, o monstro, que posteriormente passou a ser entendido como “Baleia”, mas que nas representações mais antigas tem características bem mais inclinadas a Godzila do que um cetáceo. No medievo e durante o Renascimento, entre magos como Cornelio Agrippa, os talismãs montados com o símbolo (selo – sigil) de Algol eram usados para aterrorizar e derrotar os inimigos, “petrificando-os” de medo ou tornando o portador capaz de resistir às suas armas de algum modo. De fato, apesar das diferentes versões do mito, uma cabeça de górgona encontrava-se na Égide, o escudo que Zeus usara na batalha contra os titãs. Esse escudo foi dado por Zeus a Atená, que o teria revestido com a pele de Medusa. Tanto o uso por Zeus de um escudo mágico criado por Hefesto quanto o revestimento com o couro mágico da Medusa transformaram esse objeto em algo bem parecido com o escudo do Capitão América :uma proteção praticamente indestrutível. Na DC Comics, os braceletes igualmente indestrutíveis da Mulher Maravilha seriam feitos com pedaços da Égide. Há representações variadas da Égide, que podem ser uma couraça, um manto com a pele da cabra Amaltéa (que amamentou Zeus), entre outras, mas sempre uma proteção que torna o usuário invulnerável sob algum aspecto.
 
Algol tem algo de Lilith, algo de vampiro, algo de The Punisher. Atinge quem tem essa estrela forte no mapa diretamente na garganta (a parte decepada) podendo coincidir com dons de canto ou locução ou com uma grande frequência de problemas na garganta e no pescoço (músculos, vértebras, laringe, tireóide etc.). Há também algo de sedução muito poderosa nessa estrela, como que um “encantamento”, que “petrifica” os interesses alheios ou os próprios, tornando-os bastante obsessivos em torno do desejo sexual ou do desejo de satisfação de uma necessidade (vide as noivas de Drácula).
 
Esta e muitas outras estrelas, com descrições ainda mais detalhadas nas conjunções com planetas e pontos do mapa estão no curso de Estrelas Fixas, que dou no Rio e em São Paulo periodicamente. Em Sampa teremos um workshop em maio. No Rio já está acontecendo um e vamos para a quarta aula de dez.
 
Recomendo ler os comentários do professor Johnni Langer, um dos maiores especialistas do Brasil em cultura escandinava, no excerto abaixo e também artigo do link logo em seguida, para conhecer um pouco mais sobre essa estrela sob diferentes visões e culturas.
No dia 3 de abril eu postei um comentário [no Facebook] sobre as pesquisas de Stephen Wilk a respeito das observações gregas sobre a estrela variável Algo (Beta Persei) e a narrativa das Greias. Agora descobri uma pesquisa de finlandeses (publicada em dezembro de 2015) sobre antigas observações egípcias da mesma estrela no manuscrito El Cairo 86637, associando sua variabilidade à má sorte e com conexões paralelas à Lua. O curioso é que o nome árabe da estrela, Al Gol, significa demônio e ela também foi associada ao demônio mesopotâmico Lilith durante o medievo (que também possui conexões maléfica com a Lua, segundo o Zohar). Ou seja, uma antiga e ampla tradição oriental liga essa estrela com períodos de má sorte durante o ano (explicada pela variação de três dias do seu brilho: os antigos olhavam mais o céu do que se pensa), mais uma evidência do uso de mitologias celestes no cotidiano histórico…