2019 chega para os brasileiros com novo presidente e novos ministros, após um período eleitoral muito conturbado, penoso, tenso e com muitos questionamentos sobre as possibilidades para o país com um governante que faz questão de fazer declarações polêmicas e com parte de seu eleitorado enfatizando o tom das mesmas. Desde o início de 2018 já se esperava que o presidente a ser eleito teria perfil marcial, características conservadoras e tudo o mais que Jair Messias Bolsonaro encarna em suas falas e postura, como Marte, agressiva. Quanto a isso, ver o vídeo das previsões da Cia. dos Astros, em que este autor, junto com os colegas Sérgio Pupo, Marcia Mattos e Alexandre Chut, descreviam as possibilidades para aquele ano. Naquela ocasião, em fevereiro, cheguei a fazer uma espécie de retrato falado daquele que seria, em novembro, eleito o atual presidente e isso pode ser averiguado clicando aqui, neste link, para o vídeo.
- Aqui no blog também há um artigo sobre as possibilidades de impeachment de Bolsonaro. Leia aqui.
No que tange aos discursos que marcaram os dois momentos destacados nesta análise: vale dizer que tiveram bastante conformidade com aqueles feitos durante a campanha presidencial, quase como se fossem um eco desses últimos. Não houve atenuação ou reconstrução das afirmações.

O presidente Jair Bolsonaro, o vice, General Antônio Hamilton Martins Mourão, e os Ascendentes dos mapas da assinatura no Congresso e da transferência da faixa presidencial, respectivamente (ver os mapas completos adiante)
Para chegar aos mapas que apresento no decorrer do artigo, acompanhei minuto a minuto todo o desenrolar da cerimônia da posse presidencial, no dia 01/01/2019, em Brasília. Os horários que se seguem são considerados levando em conta o final dos atos que legitimam a posse. Sim, horários, no plural! Um é o da assinatura do juramento de posse, outro é o do recebimento da faixa presidencial. Em outras palavras, do mesmo modo que se convenciona demarcar o mapa de nascimento de alguém pela “primeira respiração”, que, dentro do sistema que adoto, é a consumação do nascimento, tomei o cuidado de aguardar, por exemplo, que o atual presidente chegasse à última assinatura da documentação na mesa do Congresso Nacional, não anotei o horário em que ele pegou a caneta para isso, mas o momento em que ele termina, repito, a última rabiscada. Igualmente, esperei que ele terminasse de colocar a faixa sobre o corpo. Embora a assinatura seja o aspecto jurídico, o ato institucional, a transferência da faixa é o ato simbólico, aquele que tem “manas”, que atinge o imaginário coletivo em cheio, tal qual um batismo, daí sua importância. Podemos fazer uma analogia entre o ato e os termos do Tantra Yoga (também analogamente à Magia Hermética), em que Mantra, Yantra e Mudra se combinam num ato carregado de energia (e assim é com todo e qualquer governante de todo e qualquer país, ao receber o símbolo do cargo, ou em concursos de Miss, para a vencedora, a coroa para o rei, o avental para o maçom). O Mantra, aqui, seria associado ao juramento feito oralmente, o Yantra à forma simbólica de padrões geométricos da faixa e Brasão da República, enquanto o Mudra é o próprio gestual de recebimento junto à postura para as fotos. Isso significa que podemos pensar em analisar ambos os mapas e constatar, ao longo do mandato, qual parece corresponder melhor às realidades que estão por vir, na medida em que elas se concretizarem.
A abordagem
Outrossim, peço aos leitores que façam um esforço para não colocarem palavras na boca (ou nos dedos) deste que vos tecla, procurando não tirar conclusões precipitadas sobre o que acham que aqui foi dito ou pensado. Qualquer dia podemos tomar um café e conversar a respeito de concordâncias ou discordâncias. Aqui está apenas um olhar inicial que não contempla, por exemplo, previsões com técnicas aprofundadas como os trânsitos. Tais previsões terão um artigo exclusivo logo.
Cumpre observar, a propósito, que ninguém está livre de ideologias, ao contrário do que se pode afirmar no calor das emoções. Simplesmente isso não existe. O simples fato de se opor a uma suposta ideologia com um conjunto de pressupostos, já, em si, se faz por intermédio de ideologia também. Quanto a isso, para que o conceito fique claro a quem não pesquisou, recomendo a leitura de livros como “Ideologia e Cultura Moderna – Teoria Social Crítica na Era dos Meios de Comunicação de Massa”, de John B. Thompson, onde o autor analisa o que denomina “Grande Narrativa da Transformação Cultural”, demonstrando suas características gerais e falhas discursivas, ou “Ideologia e Contraideologia”, de Alfredo Bosi, em que ele analisa as estratégias de diferentes vertentes para fazer frente ao pensamento hegemônico de cada época. Ao dizer isso, quero enfatizar que ao fazer esta análise, ainda que sujeito a um ou outro aspecto ideológico e a todas as leituras que fiz em minha formação (como aconteceria com qualquer autor, mesmo os pretensa e ilusoriamente isentos), sempre que estou lendo mapas entendo que estou numa condição similar à do médico: não importa quem está na mesa de operação, ele é um paciente e o dever do médico é proceder com a cirurgia, não lhe cabendo matar o paciente se ele é tido por malfeitor ou realizar milagres se ele é considerado boa gente. O médico faz o que lhe é possível dentro do que a medicina de seu tempo e os recursos de que dispõe oferecem. É com essa mentalidade que aqui abordo o tema e é o que acredito que todo astrólogo deveria fazer, independentemente de suas preferências políticas, a fim de que possa oferecer o melhor possível dentro de suas limitações humanas. Leitura de mapas astrológicos não é um bibelô que se compra numa importadora, algo para dizer se você é uma gracinha de pessoa, confirmando expectativas de auto-imagem. Não indica exclusivamente o que se deseja ouvir/ler, mas sim mostra o que os símbolos ali dispostos revelam o mais precisamente possível, procurando indicar que ferramentas seriam mais adequadas para melhorar determinada situação difícil ou para enfatizar as ações sobre uma oportunidade latente. É preciso cumprir o que chamo de “função GPS do astrólogo”: imagine se um aparelho desse tipo não lhe informasse que na rua à direita onde você deseja entrar com seu carro tem um engarrafamento de 4 horas? O ideal não é ele dar as alternativas de saída sem inventar que o problema não está ali?
Outro ponto fundamental a se levar em conta aqui são as opções teóricas adotadas. É possível que me perguntem sobre “o ano de Marte” (o que seria o atual ano planetário), sendo que algumas pessoas possam até reclamar da relativa ausência de informações a respeito. Primeiramente porque não concordo totalmente com a adoção de um ano planetário: se é preciso que ele seja considerado, ele tem que ser dentro de um contexto maior, num entrecruzamento de dados para que se tenha uma percepção mais clara de como esse planeta irá atuar, o que interfere, se tem ciclos longos e curtos de outros planetas ocorrendo etc. Pensar que simplesmente uma variável será suficiente para definir toda a complexidade de um período de 12 meses não me parece coerente, é uma homogeneização. É como dizer que a pessoa tem câncer porque comeu muito pão com manteiga, ou seja, não há nenhuma outra variável para a formação do tumor? Em segundo lugar, o ano astrológico só tem início em março, mais precisamente no equinócio de Áries (primavera no hemisfério norte, outono no hemisfério sul). É um equívoco frequente do senso comum adotar a idéia de que o ano planetário iniciará em 1º. de janeiro, quando é no equinócio ariano que temos, astrologicamente, pelo menos, o símbolo do início, do ponto de partida, do arranque. Para essa e outras questões pertinentes ao “planeta regente do ano”, recomendo o artigo que está aqui, neste link. Sendo assim, vou me permitir não agregar no presente texto essa informação, já que o que irei demonstrar é suficientemente detalhado. Igualmente, antes que perguntem, também não vou analisar segundo o zodíaco sideral nem astrologia védica ou qualquer outro sistema similar, pois o sistema utilizado aqui no ocidente se basta em si mesmo. Não pretendo dispender tempo numa eventual discussão sobre quem é melhor do que quem, que reconheço como inútil: é como tentar dizer se o fogo é mais quente colocando a mão na chama de uma vela branca ou na de uma azul de mesmo tamanho. A quem deseja maiores esclarecimentos a respeito, indico dois artigos: o primeiro aqui neste link e, neste outro, outras informações pertinentes. Ambos abordam mais densamente a questão entre zodíaco trópico e sideral.
Vistos esses pormenores importantes, vamos aos dados.
Analisando:
Antes de tudo, é preciso entender que o(s) mapa(s) da posse não se referem somente ao próprio presidente, mas sim a ele junto com a cúpula do governo, mesmo quando são trocados alguns integrantes por um motivo ou outro. Fala sobre o modo como o mandato tende a ser conduzido. Desse modo, os mapas analisados a seguir falam também de ministérios, secretários, parcerias e inclinações gerais que irradiam daquele momento. Previsões mais detalhadas serão feitas noutros artigos tendo por base o mapa do país.
A primeira grande correspondência entre os mapas e os fatos é a seguinte: Bolsonaro assina a papelada da posse em dia de Marte (terça-feira) no horário planetário de Marte, às 15 horas e 16 minutos em Brasília, enfatizando, no discurso, a necessidade de valorização dos militares e dos policiais (classes regidas por Marte). Às 17 horas e 1 minuto, recebe a faixa presidencial no horário planetário de Vênus (mulheres, beleza, sedução, partilhas), quando sua esposa, Michelle, faz um discurso com interpretação em libras (para surdos) alterando o procedimento costumeiro, antes do discurso do presidente (ver comentário adiante sobre Mercúrio e esse discurso). Tenho cá uma certa tendência a achar mais interessantes os mapas de entregas de faixas do que os de assinaturas pelos motivos citados anteriormente, mas a proposta é deixar que os dados falem por si ao longo do tempo e assim dirimir as dúvidas.

Bolsonaro em dois momentos: à esquerda, na sucessão de assinaturas após o juramento no Congresso Nacional. À direita, junto à 1ª. Dama, Michelle, que tomou a frente com um discurso em libras.
De qualquer modo, em ambos os casos, tanto os discursos quanto as atitudes e figuras que centralizavam as atenções coincidiam perfeitamente com os planetas regentes daquelas horas. Novamente, essas duas referências iniciais partem do sistema das horas planetárias, em que as horas são regidas sucessivamente por Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua, na sequência caldaica dos planetas – o mesmo artigo indicado anteriormente para esclarecer o sobre o ano planetário explica o sistema das horas planetárias e você pode vê-lo aqui. Não estava me referindo ao regente do Ascendente, mas, aproveitando o ensejo, nesse segundo caso, o discurso de Michelle ser em libras tem duas conotações muito interessantes: o fato de que, no mapa da entrega da faixa, o Ascendente se encontra em Gêmeos, signo de fala, discurso, oratória, comunicação, debate, pensamento plural, enquanto seu regente, Mercúrio, encontra-se em exílio, no signo oposto a Gêmeos, Sagitário. Este último, voltado para o pensamento dogmático, a fala direta e sem rodeios, as “verdades” (que nem sempre se aplicam em dado contexto), as metas para a vida, a busca de significado, as certezas entusiásticas (que nem sempre se submetem a uma análise mais fria das situações) e o pensamento inspirado, quando não imposto à força “porque é assim que deve ser”.
A condição de exílio de Mercúrio (Mercúrio está exilado em Sagitário e em Peixes, signo oposto a Virgem, onde Mercúrio também tem domicílio), caracteriza muito bem a comunicação dupla ou adaptada, isto é, tanto pela via tradicional quanto pela inclusão da linguagem dos surdos – comunicar onde os recursos normais são escassos ou mais difíceis de usar ou o entendimento requer outras ferramentas que não as convencionais. É curiosa a analogia também quanto ao fato de que era a cerimônia de transferência da faixa para o presidente eleito: um ato qualquer tem início no Ascendente e esse ato, em uma cerimônia de posse, é normalmente precedido da fala do eleito, mas o planeta dispositor (regente) do Ascendente está na casa 7, a do cônjuge, dos sócios, parceiros e também dos oponentes (inimigos declarados). Não havia oponentes no palanque, obviamente, mas a esposa, então 1ª. Dama, tomando a palavra com uma fala em duas vias de comunicação simultâneas junto a uma intérprete. Da mesma forma, se pensarmos que é a posse do dirigente e olharmos diretamente para o Meio do Céu (o dirigente) em Peixes, veremos que Júpiter, o dispositor tradicional desse signo (que os modernos fazem compartilhar a regência com Netuno), também se encontra na casa 7. Isso dá margem a pensar que ao longo do mandato ou o dirigente está disposto a formalizar inúmeras (Júpiter) parcerias (casa 7) ou ver-se-á dirigido pelas parcerias ou ter muitas interferências de parceiros fortes (Júpiter em domicílio) que tomam a palavra (Mercúrio na 7), assumindo muitas vezes a dianteira (Mercúrio na 7 regendo o Ascendente – a dianteira) e entrando em conflito pela expressão impulsiva de idéias sem tato (Mercúrio quadratura Marte).
Outro detalhe sobre Mercúrio exilado em Sagitário: o exílio de um planeta é o local em que ele, no Zodíaco, não se encontra “confortável” entre suas próprias características e as do signo (cenário) em que se encontra. Em Sagitário, a qualidade mercurial de mover-se entre idéias paralelas, considerar minúcias, fluir entre um pensamento e outro, considerando prós e contras e ser eclético, fica comprometida. Isso não significa que se você, que nasceu com Mercúrio nesse signo está comprometido para o resto da vida, aí é questão para análise e explicação noutro texto, mas em se tratando de um evento que inaugura e desencadeia todo um ciclo (4 anos de mandato), significa que muitas informações serão passadas sem discussão, com toda a simplicidade sagitariana com seu talento para enxergar a meta ao final, mas sem perceber os meandros do caminho e sem atentar para quem estiver na frente – como a flecha, a informação ali anda em linha reta, sem fazer pit stop nem desviar-se de algo importante que possa destruir no trajeto. Mercúrio em exílio em Sagitário tende a considerar só “prós”, enquanto os “contras” são rechaçados com veemência, sem haver reconsiderações e sem pensar que os “contras” não se importam se não são considerados, pois geram complicações assim mesmo, se não se lhes der a devida atenção. Claro que isso é relativizável: há pessoas cujos mapas mostram entrecruzamentos de dados suficientes para suplantar tal tendência, mas mesmo assim, vez por outra, recaem na simplificação. Em alguns momentos isso é ótimo. Noutros nem tanto.
Vale dizer que, no mapa da assinatura, Vênus, o regente do Ascendente em Touro, está na casa 7, como acontece com o regente do mapa da faixa. Este é um dos fatores que ambos os mapas têm em comum. Por vias diferentes, alguns assuntos são reiterados em cada um deles e é aí que encontramos as maiores convergências que determinam as principais tendências do mandato. Vejamos:
No mapa da assinatura temos cinco casas povoadas por planetas, com a maior concentração nas casas 9 e 11. O fato de a nona casa ter essa concentração é digno de nota: é a casa cujos assuntos giram em torno das longas distâncias, das rodovias, das estradas, das culturas de locais distantes, do clero, das religiões, da forma externa das religiões, das universidades. Ali estão o Sol, Saturno, um dos regentes do Meio do Céu (regente tradicional de Aquário) regendo também o Sol em Capricórnio, e Plutão, regente da Lua e Vênus em Escorpião, sendo Vênus o dispositor do Ascendente, o que lhe confere uma importância acima da média nesse mapa. A ênfase na nona confirma a tendência predominantemente religiosa ou “clerical” de grande parte do governo (ou plena de certezas sobre o caminho a tomar,como se guiada por uma força superior inquestionável), seja pela via dos ministérios, em que há ministros pastores evangélicos, seja pela via do lema “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, oriundo da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, que, por um lado bate com o MC em Aquário (ar, aviação…), mas por outro é também uma afirmação de que o controle não está com o governante, mas com a divindade. É também um lema militar de defesa e auto-sacrifício, o que remete a Marte em domicílio em Áries (no mapa da assinatura, na casa 11, no mapa da faixa, na casa 10, bem análogo ao “Capitão”, em referência ao presidente). O outro planeta regente desse Meio do Céu é Urano, que está retrógrado (trazendo efeitos passados ou de um certo passado) em Áries, signo regido por Marte, e na casa 12 (sacrifício). No entanto, a menção une o aspecto militar com o religioso, o que é referência direta à casa 9, no mapa da assinatura, e a Mercúrio e Júpiter em Sagitário, no mapa da faixa, respectivamente, os regentes do Asc e do MC. É, ainda, um símbolo manifesto por uma forte bancada evangélica junto ao comando, com um sistema conservador, rigoroso (ou rígido, sem flexibilidade ou jogo de cintura, como uma ênfase em Capricórnio pode ser, com um dos principais dispositores, Saturno, situado nesse signo), porém potencialmente capaz de organizar em hierarquias e modelos fechados, protocolares. Um dos regentes do Meio do Céu (o dirigente) do mapa da assinatura está na casa 9, mostrando uma parte do que esperar do governante: um sistema potencialmente dogmático, com um discurso repleto de “verdades incontestáveis”, o que pode ser um complicador quando é preciso relativizar alguma situação. A mesma postura tende a voltar-se para a política externa de outros conservadores linha-dura (vide o apoio de Netanyahu) bem ao estilo Saturno-Plutão-Capricórnio juntos no mesmo ponto do mapa. Nesse quesito das trocas estratégicas o Brasil pode crescer bastante, sobretudo em assuntos econômicos em acordos estrangeiros (vide a Lua e Vênus na casa 7, muito bem aspectadas, apesar da queda e exílio, respectivamente), se pensarmos que esse mesmo mapa, com Ascendente em Touro, se inclina para os bancos e investidores e grandes fluxos financeiros advindos de terceiros, com Júpiter na oitava casa. Esperemos que prevaleça ali o fato de que Júpiter rege a casa 8 (recursos de terceiros) e não a quadratura de Júpiter com Netuno, que, quando no caso de mapas individuais, tende a manifestar um complexo de “o escolhido”, em que se crê que tudo dará certo, mesmo quando se faz de modo torto. A mesma Lua e Vênus mostra parcerias intensas, passionais, cheias de altos e baixos, nunca lineares, bem ao estilo escorpiano. Não há muito meio-termo nesse governo, com o mapa da assinatura nem com o da faixa, em que Sol, Saturno e Plutão estão na casa 8, unindo-se parcialmente, a assuntos partilhados por Vênus e Lua em Escorpião. As chances de investimentos estrangeiros massivos são realmente muito grandes, sobretudo em áreas de construção, produção de energia e de material bélico. Neste último caso, inclusive, porque, apesar da boa aspectação, há uma certa tendência paranóide nos dois mapas, com uma forte reatividade e autodefensividade (Lua em Escorpião, Vênus em Escorpião regendo o Ascendente de um dos mapas) a tudo e a todos que possam questionar a validade de uma ação ou, talvez, agir de modo distante do padrão de conduta imposto por vários segmentos e apoiadores. Em outras palavras, isso significa que essas correntes estarão “de olho”, o que pode ser excelente para o combate à corrupção, evitando-a, caçando-a, dissolvendo-a, mas pode ser um problema sério, se rotular grupos inteiros como perversos ou perigosos sem ter havido tempo para uma averiguação mais detalhada. Fazendo uma comparação da tendência de um Escorpião enfático com seus regentes aflitos (neste caso Marte em quadratura com Mercúrio e Plutão, numa conjunção de órbita um tanto larga, acima da média aceita normalmente, mas aparentemente, uma conjunção – veremos pelos efeitos) num mapa individual, temos aquela situação que se traduz pelo diálogo a seguir:
– Seu canalha! Você vai pagar pelo que fez! – diz o escorpião em sua faceta sombria.
– Hã? Hein!? Mas do que você está falando? Eu lhe conheço? – reponde a pessoa sentada proximamente, sem nada entender.
– Miserável, desgraçado! E ainda se faz de sonso! Você sabe bem o que fez! Ah, se eu te pego!
– Moço, calma! – diz uma senhorinha trêmula, de bengala, tentando se segurar – fui eu que esbarrei em sua bolsa e sua carteira caiu. Aqui está.

À esquerda, o mapa da assinatura no Congresso. À direita, o mapa da transferência da faixa presidencial para Jair Bolsonaro.
Voltando a falar de Lua/Vênus, respectivamente em queda (depressão) e em exílio, note-se a reiteração, tanto no discurso da posse do presidente quanto nas entrevistas posteriores da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (entre 01 e 06/01/2019), que sugerem o controle e ingerência sobre a sexualidade (Escorpião), entre outras expressões, com a frase que se tornou meme: “menino veste azul e menina veste rosa”. Embora ela tenha afirmado, depois, ter feito apenas uma analogia, e que, palavras dela, “a população LGBT não perderia direitos nesse governo” (e não cabe a este artigo dizer se ela crê ou não nisso), ainda assim, estamos diante de uma corroboração do indicador dos mapas da posse: “Mercúrio em exílio em quadratura com Marte”. Tal condição/aspectação representa essa mesma tendência a dar declarações não só muito diretas e pautadas por um sistema de crenças religiosas (Sagitário), mas também impulsivas (Marte) e provocadoras (Marte + quadratura) sem digerir ou elaborar/relativizar antes. Os dois outros fatores em Escorpião, tornam o discurso completo ao vermos que nos mesmos mapas as interpretações feitas por religiosos (Mercúrio em exílio em Sagitário em ambos os mapas + Plutão, regente da Lua e Vênus, na casa 9 no mapa da assinatura, aumentando a tendência dogmática ou, para alguns, fanática). Provavelmente com a justificativa de ter a pasta da “famílila”, pode ter feito colocações ao estilo das configurações citadas acima, como aquelas em que criticou regras do Sisu afirmando que os jovens não deveriam de perto da família, indo fazer o curso universitário em outros Estados. A ministra deu a entender também que o Estado pode não interferir diretamente sobre escolhas que competem aos próprios estudantes, mas que pretende proporcionar políticas públicas de fortalecimento dos vínculos, o que acaba sendo algo muito próximo de tentar uma ingerência no assunto. Sem contar que, em grande parte dos casos, os próprios jovens desejam essa distância para uma experiência que os amadureça para a vida. De qualquer forma, com a população considerando bom ou ruim, o que aqui demonstro é que essa é uma das tendências deste governo: com Mercúrio nas condições tensas em que está, com a casa 9 de um dos mapas ocupada por Plutão e a conjunção Sol-Saturno, podemos esperar muitas ingerências, nem sempre necessárias ou eficazes, talvez desgastantes, em meios estudantis, sejam eles os universitários, seja em projetos de pesquisa, seja na educação básica, mas de modo Saturno-Plutão, o que tende a ser mais coercitivo do que a média. É possível que de, digamos, dez ingerências e coerções, uma ou duas sejam ótimas. Outra tendência é um grande ir e vir de decisões, que são tomadas e retiradas sucessivas vezes. Nesse caso, mais fortemente se falamos do mapa da faixa, com Ascendente em Gêmeos.
Por fim, igualmente em se tratando de Mercúrio e outro de seus atributos, os sistemas de comunicação, nos dois mapas ele faz quadratura com Marte, o que marca o potencial para diferenças com a Imprensa e demais meios de comunicação. Ao que parece, as formas “oficiais” de contato do governo com a população continuarão sendo feitas por vias indiretas, por um lado, particulares, por outro, isto é, uma parte, como já vem acontecendo desde a campanha, com correligionários marcando forte presença em redes como o Twitter, em discussões intensas com a oposição (experimentem entrar no Twitter: parece que 90% do que se escreve é desavença política e acusação de todo lado). A via que aqui denomino “particular” é a que se tem feito através do Whatsapp, que, de uma hora para outra, parece ter ganho o statos de “meio de comunicação detentor da verdade absoluta”, com noções corretas ou absurdas sobre um assunto proliferarem como uma praga, com ênfase total para as absurdas. Diga-se de passagem, durante as campanhas e com todas as fake news vindas de várias correntes partidárias, em parte isso correspondia à retrogradação de Urano pela terceira casa (Comunicação) do mapa do Brasil (Grito do Ipiranga) e à conjunção de Marte em trânsito com Mercúrio radical desse mapa entre setembro e outubro. De qualquer jeito, as formas “alternativas” de comunicação do governo são, novamente, um efeito de Mercúrio exilado quadratura Marte. Como veremos mais à frente, como todas as posses desde 1972 têm sido feitas com mais ou menos o mesmo protocolo, não é tão difícil que, com o Sol em Capricórnio, Mercúrio esteja em Sagitário. A diferença se faz pelos aspectos e configurações formadas pelos planetas e as casas em que costumam cair (o Sol, por exemplo, quase sempre fica na faixa entre casa 7 e casa 10 devido aos horários protocolares que mudam em poucas horas de posse para posse).
Outro ponto convergente para ambos os mapas, por vias diferentes, é a regência do MC (Meio do Céu), um dos principais fatores a caracterizarem o governante, suas ações e as da cúpula governamental. No da assinatura vemos um dos dispositores, Saturno, na casa 9, como já dito. O outro dispositor, Urano, na casa 12 e em retrogradação, em Áries. Isso pode significar que o governante terá mais ações nos bastidores (casa 12) do que se pensava e que a cúpula pode agir mais à frente do que o próprio presidente. Esse mesmo fator pode ser visto sob um outro ângulo, no mapa da faixa, por uma via análoga: Netuno, nesse mapa, é um dos regentes do MC e está na décima casa, que, no mapa de um evento nacional e político, se refere ao partido do governo, em parte ao governante e à reputação do mesmo. Netuno é um fator que, na casa 10, dificulta as ações de quem está no poder, tornando-as “borradas”, confusas. Na maioria dos casos isso se dá por fragilidade do superior hierárquico, que pode ser via problemas de saúde ou potencial dissipação em torno de algumas das metas almejadas. Tendo em vista essa combinação entre os dois mapas, o governante tende a ser visto aos poucos em parte como um mártir (Netuno e Kiron na 10 – mapa da faixa), em parte como um salvador da pátria (Netuno na 10 – mapa da faixa) e em parte como alguém enérgico (Marte na 10 – mapa da faixa) que não encontra meios para exercer sua força da maneira mais eficaz (Marte quadratura Mercúrio – ambos os mapas), podendo, várias vezes, ficar hospitalizado (Regente da 10 na casa 12 – mapa da assinatura) ou em tratamento – Kiron na 10 do mapa da faixa, representando dor. Marte na 10 e em domicílio é o que já vimos nas divulgações sobre a cúpula: vários militares no poder, sendo que, a despeito da forma compassiva (Netuno) com que parte do público enxerga o presidente será acompanhada do tom desafiador que já se conhecia durante as campanhas eleitorais.
O mesmo Kiron na 10, conjunto a Marte é o significador da nova cirurgia do presidente. É possível que outros tratamentos de saúde que envolvam bisturis tornem a fazer parte da agenda presidencial ao longo do mandato.
Outras correspondências muito claras nos mapas: mesmo eles sendo calculados para horários posteriores ao desfile em praça pública, mostram as tendências que já vigoravam pouco antes. Durante o desfile junto aos Dragões da Independência ocorrem as cenas cômicas com os cavalos. Um dos que estavam na frente do Rolls Royce presidencial quase se estabacou, chegando a esbarrar noutros e também no carro. Algo que chama a atenção para a quadratura entre Júpiter em Sagitário (cavalos) e Netuno em Peixes. Tal aspectação lembra um jogador de basquete trocando as pernas e perdendo a bola na quadra ou o Pateta, personagem da Disney, um tanto quanto desengonçado e visivelmente Júpiter-Netuno, isto é, o grandalhão (Júpiter) distraído (Netuno) que mira para o lado errado e acerta o alvo por engano.

Acima as fotos pitorescas que se tornaram memes na Internet, com pressuposições sobre o decorrer do governo ter sido prenunciado pela descoordenação dos animais.
Na posse de 2003 de Luis Inácio Lula da Silva ocorrera situação similar, com o Dragão da Independência caindo do cavalo, mas, naquela ocasião, o primeiro ano do governo não fora marcado por escândalos, o que aconteceria de 2004 em seguida. Curiosamente, o mapa da posse de Lula, naquele mandato, também tinha aspectos tensos entre Júpiter e Netuno e uma forte ênfase em Sagitário, junto com o regente do Ascendente taurino em Escorpião… (veja esses mapas mais adiante). Falando nisso, a Lua em Sagitário do mapa da posse de Lula, enfatiza as correspondências entre esse signo e aspectos carismáticos tanto quanto no caso dos atuais mapas da posse. Não admira o paralelo entre as expressões religiosas e de adoração ao presidente do atual governo e uma adoração muito semelhante a Lula quando de sua primeira eleição – sim, com características atéias, mas adorações muitíssimo semelhantes. Ambos são “presenteados” com atitudes coletivas muito próximas à histeria, com grande desracionalização e esperanças estratosféricas depositadas na figura mítica de salvadores da pátria. Netuno costuma mostrar que a cor-de-rosa que uns colocam sobre o vermelho e outros sobre o verde-amarelo pode mexer com a tonalidade e com o discernimento.

Integrante dos Dragões da Independência tenta montar no cavalo depois de uma queda. O professor Pedro de Lima pula para agarrar Lula pelo pescoço e é retirado pelos seguranças
Com Alpheratz, a alfa de Andrômeda, conjunta à Parte da Fortuna do segundo mapa (faixa), não admira que a esposa, Michelle, jovem e bonita, tenha tido um papel destacado. Mas é digno de nota o fato de que a mesma Alpheratz, antes de ser entendida como a cabeça da bela personagem mitológica, era o “Umbigo (ou barriga) do Cavalo (ou do corcel)” (derivado do nome em árabe “Al Surrat al Faras”), em referência a Pegasus, o cavalo alado que brota do sangue da cabeça de Medusa, decaptada por Perseu. A partir daqui as interpretações são múltiplas, de acordo com as preferências políticas e ideológicas dos leitores. Alguns podem entender que, como no mito, Perseu encarna no novo governo, que destrói Cetus, o monstro marinho gigante invocado por Poseidon (Netuno) que ameaçava destruir a civilização e devorar Andrômeda, oferecida em sacrifício. Outros podem entender que, ao contrário, Andrômeda (acorrentada ao rochedo), que também representa a busca pela liberdade, está ameaçada pelo monstro e precisa de um ato heróico ou um grande sacrifício para restaurar a dignidade da princesa/pátria e que a descoordenação do cavalo pode ter relação com algum mal terrível que se avizinha.
Falando em estrelas e heróis, no Ascendente do mapa da faixa a estrela Mirfak (o cotovelo), a alfa de Perseu, representa um grande manancial de energia para execução de tarefas, colocar planos em prática, demonstrar desempenho físico e grande agressividade. Uma qualidade dessa estrela para um mapa de coletividades é ampliar chances nos esportes, investimentos em áreas competitivas. Porém, é uma das mais impulsivas e sujeitas a descomedimentos quanto às capacidades daquele que a tem enfática no mapa. Muitas pessoas com essa estrela forte tendem a perpetrar ações muito agressivas e sem qualquer desejo de ouvir quem possa indicar um caminho mais bem pensado ou cauteloso. Também no mapa da faixa, a estrela Agena, a beta Centauri, faz conjunção com Lua e Vênus. No mapa da assinatura somente com Vênus. Essa estrela é um bom sinal para assuntos de saúde pública e para a educação, mas ainda assim é uma espécie de lado menos luminoso de seu par, Toliman (ou Bungula ou Alfa do Centauro), que lida diretamente com os aspectos civilizatórios da educação e da ascensão moral/consciência da coletividade. Agena também tende a lidar com tais assuntos, mas de modo mais radical e coercitivo, não pelo simples desejo de ajudar, mas pela imposição de uma sistemática.
Ora, no Brasil as posses presidenciais ocorrem em 1º de janeiro, quase sempre cumprindo um protocolo que situa as assinaturas e recebimentos de faixas em horários próximos. Porém, aqui, em 2019, as coincidências das duas posses (Lula e Bolsonaro) ultrapassam essas convenções. Ter simultaneamente o dispositor do Ascendente em Escorpião, com uma ênfase muito grande em Sagitário, Júpiter em aspecto tenso com Netuno e Netuno na casa 10 da assinatura de ambos é suficiente para ver que os extremos se tocaram de algum modo.

Os mapas da posse de Luis Inácio Lula da Silva. À esquerda, a assinatura/juramento. À direita, a transferência da faixa presidencial. Vários pontos em comum com os mapas da posse de Bolsonaro, seja pela repetição de fatores, seja pelas regências e significados convergentes.
Finalizando, a casa 11 é povoada em ambos os mapas da posse de Bolsonaro. No mapa da assinatura, Netuno, Kiron e Marte, junto com a Parte da Fortuna ali, em Peixes. No mapa da faixa, Urano e a Parte da Fortuna, ali, em Áries. Pela posição de Áries e de Marte em relação à casa, pode-se esperar o já esperado: uma oposição agressiva e intensa (as casas 11 e 4 são relacionadas a partidos de oposição) e um Congresso cheio de conflitos mais acirrados do que de costume, não mais de modo mais velado e situado nos bastidores, com conchavos e articulações secretas. As coisas tendem a ser muito mais diretas e claras, o que pode ser bem atraente para quem deseja acabar com as armações que ocorrem à revelia. No entanto, muitas brigas sem mediação podem não chegar a qualquer resultado senão cisões e mais atrasos. Se for o mapa da assinatura quem responde melhor às realidades, teremos ali uma confusão ao estilo dos cavalos descoordenados já mencionados. Se for o mapa da faixa, o que teremos é a intensificação dos radicalismos. Resta pensar que em ambos os casos, os ótimos aspectos entre Lua/Vênus e Marte sejam suficientes para que das espadas que se entrechocam, venham as faíscas portadoras da luz que esclarece. No mapa da faixa isso se dá pelo crescimento na oferta de empregos (casa 6). No da assinatura isso virá por uma provável rede de apoiadores e parceiros e bons contratos com indústrias cujo discurso é o do pioneirismo. O mesmo trígono pode ser o alívio propagado pelos correligionários do presidente quanto à segurança baseada na posse de armas e de políticas mais invasivas de combate a ações criminosas. É preciso saber se isso não acarretará mortes de inocentes além do que já ocorre nos últimos anos.
“Combater o socialismo” e o que o presidente denominou “o politicamente correto”, numa alusão às formas de tratamento e abordagem em sociedade. Se na maioria dos casos essas formas eram realmente necessárias, dados os problemas de desigualdades e discriminações, por outro lado, havia também focos de exageros, onde qualquer coisa poderia ser considerada politicamente incorreta e gerar reações adversas e possivelmente desnecessárias, em que qualquer produção midiática poderia sofrer com uma espécie de patrulha ideológica, sobretudo sobre as produções humorísticas (claro que sempre há exageros de todos os lados, inclusive de algumas produções). Essa discussão é complexa e merece análise mais cuidadosa. O problema é a coisa ressuscitar do outro lado da moeda e fazer o mesmo pela via inversa, como tem sido com personagem de cartum “Armandinho”, de Alexandre Beck, que apesar de ser bem brasileiro, tem características comparáveis às da argentina “Mafalda”, de Quino. Os patrulhamentos discursivos tendem a vir em mapas coletivos onde há forte combinação de ênfases em Plutão, Saturno, Marte e Mercúrio. Quem tiver lido o texto até aqui e tiver observado os desenhos dos mapas desta atual posse, verá que essa tendência permanece.
Outros itens dos discursos de Bolsonaro que podemos associar aos mapas aqui analisados são os seguintes:
* Combater a corrupção, tirando o peso do governo sobre quem trabalha e realizando reformas estruturais nas finanças. A parte que tange a reformas estruturas nas finanças e aliviar o peso sobre o trabalhador fica por conta das casas 8 e 6 bem povoadas. Já o combate à corrupção é o desejo de todos os brasileiros, sejam eles pró ou contra o atual presidente. O importante é como isso será feito e se o será sem hipocrisias e outras corrupções. Que Júpiter em Sagitário traga a lei para todos e que Mercúrio em trígono com Urano faça com que todos saibam se há justiça ou não.
* Abrir mercado para o comércio internacional sem que nem o Estado interfira em demasia nem que os acordos sejam feitos de modo a privilegiar um ou outro país que tenha apenas um tipo de discurso. Essa é a pauta neoliberal do novo governo, que na posse fica marcada por:
- a) No mapa da assinatura: um dos regentes da Lua de Vênus e da casa 7 na casa 9, configurando parcerias mais amplas com outros países;
- b) No mapa da faixa: o dispositor do Ascendente situado em Sagitário, Júpiter na casa 7 e uma enfática Parte da Fortuna em Áries, na casa 11 (liberdades individuais), dizendo algo próximo do item “a”.
* O Brasil ter destaque no cenário mundial. Isso, pelo mapa, significa o país ter maior relevância em dois níveis para o resto do mundo: o comercial, como dito acima, em que acordos de importação, exportação e de abertura ao capital estrangeiro (como na era Collor) ganham grande destaque e empresas estrangeiras tendem a ganhar maior facilidade para explorar o mercado interno com seus produtos, possivelmente gerando mais empregos ou explorando os recursos com acordos leoninos a favor deles. O segundo nível seria ter destaque em decisões políticas como em reuniões de países mais ricos (que o Brasil ainda está longe de ser), blocos econômicos e em sistemas estratégicos (no sentido bélico da expressão). Isso bate muito com o mapa da assinatura, com tantos fatores ligados a poder e controle conectados à nona casa.
A questão territorial e ambiental, todavia, esbarra nas terras indígenas e sua demarcação, bem como na controvérsia quanto à nomeação de Ricardo Salles para o ministério do Meio Ambiente. Isso agradou a bancada ruralista, que quer menores cerceamentos para a produção rural vinda de órgãos ambientais. Para muitos isso pode ter consequências desastrosas, já que a Amazônia tem tido desmatamentos recordes mesmo com as medidas restritivas e já é sabido o quanto a biodiversidade em diversas matas brasileiras correm risco severo com a exploração indevida. A tendência é não haver muito freio para as propostas desse ministério, caso o mapa que melhor funcione seja o da faixa, apesar das possíveis medidas jurídicas e muito bate-boca entre opositores.
Finalizando, um próximo trabalho mais específico, voltado para previsões astrológicas para o Brasil e o mundo, com detalhes que não couberam aqui, está no forno. Sairá quentinho em breve. Na esperança de que as melhores perspectivas sejam concretizadas em detrimento das não muito desejáveis, aqui me despeço provisoriamente.
- Aqui no blog também há um artigo sobre as possibilidades de impeachment de Bolsonaro. Leia aqui.
Carlos Hollanda – 07/01/2019 – 18:33 – Rio de Janeiro em horário de verão – Dia da Lua, hora do Sol e com Alderamin no MC.
