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Um amigo, o pesquisador de símbolos, Pedro Ribeiro, me havia alertado para a semelhança curiosa entre o sobrenome de Sérgio Moro, as circunstâncias que envolvem o juiz atualmente e um personagem bastante interessante da mitologia grega: Moros. Ele é pai das Moiras, as entidades do Destino, das leis inexoráveis, sendo ele mesmo o próprio Destino. Segundo o site Grécia Antiga.org, Moros, como as Moiras, representava o quinhão que cada homem recebe durante a vida. Era uma divindade inflexível, suas leis não podiam ser revogadas nem mesmo por Zeus, o rei dos deuses. É curioso notar que, na linguagem astrológica, as partes arábicas, também conhecidas como lotes gregos, representam “quinhões”, isto é, os lotes ou partes, incluindo a muito famosa Parte da Fortuna, são “a parte que nos cabe” em se tratando do conceito de “destino” e de tempo de vida. A Parte da Fortuna mostra como nos encaixamos na grande trama de nosso tempo histórico.

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Vale lembrar e asseverar com veemência, que a Parte da Fortuna, na Astrologia, NÃO É a mesma coisa que a Roda da Fortuna, no Tarot. Como disse, as partes ou lotes são quinhões, mostram focos do mapa, subtons de personalidade, áreas da vida que se referem a vocações e enfatizam bastante a casa em que se posicionam, bem como seus significados. São fatores tão poderosos que muitas vezes nos identificamos com os padrões relacionados ao comportamento de um signo sem ter nele qualquer planeta, nem o Ascendente. Quando vamos verificar, lá está a Parte da Fortuna, representando precisamente aquela parte que muitos negligenciam na leitura do mapa. Voltando às Moiras e seu pai, uma breve busca na Internet pode levar o leitor a algumas das atribuições de Moros, como divindade do Destino e seu parentesco com Nix e o Caos. Lembrando também que o estudo das mitologias é absolutamente fundamental para a prática da Astrologia, possibilitando ao intérprete chaves para amarrar dados que estariam aparentemente esparsos na leitura do mapa e promover mais consciência ao cliente em seu contexto.
MORO E OS TRÂNSITOS PLANETÁRIOS

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As relações disso tudo com Sérgio Moro e uma grande trama da contemporaneidade são muitas. Para começar, Sérgio Moro nasceu no dia de Marte (terça-feira), na hora de Marte (13:45, segundo a certidão), com Marte angular, conjunto ao Meio do Céu, local onde se encontra a Parte da Fortuna do juiz. Alguém com esse posicionamento normalmente assume posições em que o indivíduo se notabiliza, seja no sentido de mostrar competência, seja no de ganhar notoriedade propriamente dita, atraindo para si as atenções em função das obras que realiza (ou que deixa de realizar). Essa notoriedade, obviamente, é relativa às obras e aos campos em que se atua. Não é necessariamente algo que as mídias tornarão célebre, mas certamente se ganhará um olhar diferenciado dentro da área que se escolhe. Não bastasse isso, conjunta a seu Meio do Céu, que é nosso renome, o epíteto que recebemos de acordo com o que construímos na vida, está a estrela Regulus, a alfa da constelação do Leão. Ela também está associada a sucesso sob várias perspectivas. É uma das chamadas “estrelas reais da Pérsia”, uma estrela “de reis”. A acepção do termo só deve ser relativizada de acordo com o contexto de sua aplicação. Não se tornará “rei” como numa monarquia de fato necessariamente, mas ganhar-se-á status de referência e prestígio inegáveis, sobretudo no MC, inclusive possibilitando o acesso a poderosos e ao poder com maior facilidade do que a média, bastando que haja esforço e interesse. E o esforço não é tão gigantesco assim, quando essa estrela ali se encontra.
Os trânsitos atuais de Moro mostram essa figura de celebridade por duas vias: primeiramente, a mais evidente, que é o trânsito de Júpiter na casa 10 de seu mapa natal desde fins de 2015. Em segundo lugar, o trânsito de Urano, em trígono com seu Sol, que ocorreu no início da operação Lava-Jato, sendo sucedido por um trígono do mesmo Urano com o Ascendente do juiz. Júpiter em trânsito, em 2014 também formou aspectos passíveis de levar o indivíduo à evidência pública, entre eles, a conjunção com o Sol, um trígono com o Ascendente e depois uma outra conjunção, com Mercúrio.

Trânsitos sobre o mapa natal de Sérgio Moro. Círculo interno: mapa natal. Círculo externo: trânsitos de 22/03/2016.
Moro, atualmente, vive uma quadratura T, uma configuração bastante tensa e complexa, envolvendo Saturno, Júpiter, Netuno e, para quem utiliza pontos considerados obscuros no mapa, Kiron também. Esses fatores atingem pontos de grande importância no mapa, os chamados ângulos, três deles: o Ascendente, a casa 4 e a casa 10. Embora recebendo apoio do que aparenta ser a maioria da população, Moro sofre pressões bem grandes, indo desde ameaças de morte e atentados contra sua família, até levar “pitos” de superiores hierárquicos no sistema jurídico brasileiro, como o juiz Teori Zavascki, que ordenou a devolução ao STF a investigação sobre Lula, na Lava-Jato. Saturno e a casa 10 são, de fato, referências para localizarmos a relação com superiores hierárquicos, por exemplo. Mas Saturno, mesmo em meio a esta configuração tão tensa, gerando instabilidade doméstica e uma tendência à instabilidade profissional (as pressões em torno das obras realizadas – a casa 10 tensionada)** está em oposição com o Saturno de nascimento de Moro. Inicialmente pensar-se-ia em uma crise ainda maior, porém, essa oposição, embora represente muito trabalho, esforço e a necessidade de contar quase que exclusivamente com as próprias forças para levar os projetos a cabo, tem um lado bem desejável: o fechamento de um ciclo de aproximadamente 14 anos e meio (cerca de um hemiciclo de Saturno) em que aquilo que fora iniciado no início dele tem aqui sua culminância. As obras, os projetos, os esforços perpetrados 14 anos atrás, ganham corpo, notabilizam-se, se estabelecem e recebem importância social. É como se Moro estivesse, sem perceber, se preparando para viver este momento. De fato, foi em 2002, 14 anos atrás, que Moro concluiu seu doutorado na Universidade Federal do Paraná, e em 2003 que ele passou a atuar em casos semelhantes, como o Escândalo do Banestado e sua respectiva CPI.
**NOTA: a casa 4, com quadraturas a Netuno ali transitando, ganha “desenraizamento”: costuma-se mudar de residência e de outros territórios que normalmente se ocupa. Moro, que ia de bicicleta até o trabalho, viu essa atividade ser interrompida e seu endereço de trabalho ser vigiado 24h. por dia. Os dois regentes da casa 4 em Aquário, Saturno e Urano, vêm sob configurações tensas desde 2014. Um recebendo quadratura e oposição respectivamente de Plutão e Urano em trânsito, enquanto outro, há pouco tempo, recebendo todo o peso da quadratura T, com a oposição de Saturno em trânsito.
Vamos ver como ficará todo o processo e os resultados que Moro irá conseguir, após o dia 9 de maio, quando Júpiter sairá da retrogradação e voltará ao movimento direto. Esperemos nova carga. Enquanto Júpiter retrograda, há várias reformulações nesse campo jurídico, nas metas de médio e longo prazo. As coisas “andarão” a partir dali um pouco melhor do que agora sob vários pontos de vista.
De fato, é em maio que se inicia um trígono da Lua progredida com o Sol natal de Moro, estendendo-se até outubro de 2016. Este é ligado a favorecimentos diante de autoridades, poderes vigentes e ressalta o vigor, a saúde e a coragem, tanto quanto a liderança e o carisma. Porém, é em setembro que se inicia uma fase de grande abertura para o juiz, com a Lua em progressão adentrando a casa 1. Muitas situações represadas nos dois últimos anos têm suas comportas abertas e fluem aqueles objetivos que até então não tinham possibilidade de serem alcançados. Não é um passe de mágica, mas é um início de um processo promissor que dura 2 anos e meio, mesmo com pedras no percurso. Esses aspectos podem levar Moro a aparecer mais, sair da “toca”, dar mais declarações públicas, tornar-se menos oculto e ganhar mais voz ativa. O pico é a fase de julho a dezembro, sendo setembro e outubro os melhores meses.
MORO E LULA EM GOTAS DE SINASTRIA – SEMELHANÇAS E FAÍSCAS

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Lula tem sido um dos principais alvos de Moro nas investigações da Lava-Jato. Um verdadeiro cabo-de-guerra é travado entre as duas personalidades que têm pontos em comum. Entre eles, a já mencionada Parte da Fortuna, que no mapa de ambos se encontra na casa 10, conjunta ao MC. A de Lula, aliás, o identifica com alguns pontos importantes da personalidade e comportamento de Moro: se encontra em Leão, consistindo, assim, de um subtom de seu mapa que o torna carismático, centralizador, direto, explícito, diferentemente da média do comportamento escorpiano, que costuma ser um tanto mais reservado e arredio. O mapa de Lula, usado aqui, parte do mesmo estudo-hipótese que considerei noutro artigo, envolvendo Lula e Dilma (clique aqui para ler). Aqui não me aprofundarei todos os detalhes possíveis numa sinastria, apenas focalizarei alguns dos principais pontos de interesse, mostrando como em relações, inclusive de força ou de oponência, a simples existência do “outro” diante dos campos de experiências do indivíduo, já é suficiente para alterá-las significativamente. O “outro” oferece direções, opções e pressões que modificam o comportamento do “um”, e, portanto, os resultados de suas iniciativas e posturas, ainda que não viesse a agir diretamente sobre esse “um”. Com uma ação direta, o resultado é ainda mais intenso, obviamente. Ainda que por acaso o mapa de Lula não esteja com o horário realmente correto, os demais aspectos permanecerão válidos, pois eles ocorrem entre planetas de qualquer modo.
Como disse, concentrar-me-ei apenas em poucos fatores e aqui acrescento: somente na ação do mapa de Moro sobre o de Lula, para demonstrar como o juiz o afeta, além do processo da Lava-Jato.
Um dos pontos que chamam a atenção no desenho acima é a quantidade de fatores que Moro insere na casa 10 de Lula. A visibilidade do ex-presidente, a partir de um pacto, de uma oponência ou, até, uma relação amorosa com alguém com as mesmas configurações de Moro, aumentaria bastante. Não fossem oponentes, Moro serviria como extraordinário cabo eleitoral para Lula. Porém, o contato não pode ser ameno: Marte de Moro “atiça” a casa 10 de Lula, formando uma quadratura com o Ascendente (possível) e com o Mercúrio do ex-presidente. Acusações, disputas verbais, desmentidos, combates mentais são frequentes em casos assim. De fato, os Mercúrios de ambos formam quadratura. A aspectação tensa de ambos numa sinastria complica bastante as comunicações verbais e documentais. Enquanto um oculta (Escorpião) ou outro deixa explícito (Leão). É curioso que Moro, sendo leonino e tendo o Sol na casa 9, é considerado alguém que dificilmente abre sua vida pessoal a público. De fato, isso não é necessário, o céu não se importa com as questões pessoais e as reservas. Moro é um homem público e invariavelmente sua vida pessoal vem à tona, ao menos em parte. Um pouco dessa reserva vem pela Parte da Fortuna em Virgem, signo tímido, concentrado, “todo certinho” e bastante crítico, não se envolvendo facilmente em atos explosivos de grandes emoções ou de expressão expontânea.
Mercúrio e Marte de um na casa 10 do outro, faz com o que o outro declame mais, seja visto como alguém que fala muito, que ataca ou defende, que combate. A mesma exposição pode ocorrer com o Sol de um sobre o Plutão do outro. Entretanto, Plutão do outro sobre Sol do um, cria, para ele situações propícias a autoconhecimento, crises pessoais, revides. O contato entre eles, sem qualquer investigação, já não seria lá muito amistoso, exceto em se tratando do comportamento esperado por um estadista e um juiz, em situações sociais. Fora isso, faíscas escapariam por seus olhos e, se Lula viesse a lançar farpas pela via das indiretas, Moro o convidaria para ser claro diante de todos. Trata-se da natural quadratura entre fatores em Leão versus fatores em Escorpião. Ambos são signos fixos, pertencem à mesma quadruplicidade, são compensatórios e contraditórios entre si. Ambos os sóis desses personagens se encontram numa quadratura. Netuno de Moro na 1 de Lula pode sensibilizá-lo e até enfraquecê-lo sob alguns aspectos, mas Marte de Moro na 10 de Lula, formando quadraturas importantes como as supracitadas torna Lula ainda mais combativo e capaz de respostas à altura. Outro ponto óbvio de conflito, mas também de complementaridade, é a Lua de Moro oposta ao Sol de Lula. Moro funciona como o cobrador de resultados, aquele que quer provas físicas (Touro) daquilo com que Lula se identifica (Sol) e que consistem em ideais (casa 11) não necessariamente visíveis (Escorpião) e documentáveis.
Há muitos outros pontos de conflito, embora outros possam servir como harmonizadores e atenuadores. Não é o objetivo deste artigo analisar todos, mas chamo a atenção para duas conjunções: Júpiter de Moro com o Nodo Sul de Lula e Saturno de Moro emconjunção com Urano de Lula. Júpiter de um no Nodo Sul do outro desenraíza este último, podendo aumentar a frequência de viagens e mudanças residenciais, negociações imobiliárias e mudar diretrizes e planos formulados tempos atrás com uma ampliação de escopo. Pode, inclusive, favorecer o alargamento de territórios ocupados pelo outro ou gerar dispêndio financeiro em função disso. Não é difícil perceber que, de um modo ou de outro isso se relaciona com as recentes questões imobiliárias do ex-presidente, sejam elas prova de culpa ou apenas um elemento circunstancial descartável. Como disse, a ação de Moro atinge essa área da vida de Lula de qualquer modo. Já Saturno de um sobre Urano de outro, restringe a mobilidade do outro em se tratando dos grupos sociais aos quais esse outro se vincula. Igualmente, conforme o simbolismo de Saturno, há fiscalização ou um “medir a consistência” das propostas do outro constantemente. Os ideais ou o que o outro acredita serem ideais, são continuamente contestados ou cobrados em termos de consistência e aplicabilidade. Essa conjunção atinge Lula no ponto de mudança da casa 7 (parceiros, oponentes, alianças e acordos ou litígios) para a 8 (recursos compartilhados com cônjuges ou sócios, crises, perdas, investimentos de longo prazo).

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Lula, conforme essa hipótese de mapa tem a cúspide da casa dos oponentes, a casa 7, em Touro. Este é regido por Vênus, que está em Libra, conjunto a Netuno, Kiron e Júpiter. O comportamento de seus parceiros e cônjuges pode girar em torno dos tons desse signo e desses planetas. Para se ter uma idéia, dona Marisa, esposa do ex-presidente (casa 7 pela via do cônjuge), apesar de ter nascido com o Sol em Áries, (7 de abril de 1950), tem Netuno em Libra, em oposição com esse Sol, o que por si só já constitui um tom netuniano em seu comportamento. Não bastasse isso, a Lua da ex-primeira dama muito provavelmente naquele dia, estava em Sagitário, signo regido por nada menos que Júpiter. Os tons do mapa se associam por semelhança, a propósito.
Como oponente, Lula pode ter muitos, mas este, que está com enorme visibilidade atualmente, tem o Ascendente em Sagitário, com Júpiter na casa 1 e, pasmem, a Lua em Touro! A casa 7, conforme reza a tradição astrológica, revela como são e como funcionam os oponentes (antigamente denominados de “inimigos declarados”), simultaneamente aos cônjuges.
Moro tem algumas estrelas poderosas em conjunção com pontos fortes do mapa. Já falamos de Regulus no MC. Betelgeuse e Polaris fazem conjunção com Vênus. São estrelas de honrarias e de guerreiros (lembrar que há uma redundância: Marte, no início do artigo, é bastante enfatizado). E a estrela Mirach, da constelação de Andrômeda, está sobre a Lua. Ora, a estrela é relacionada ao que é belo e Moro tem algo em sua postura que o tornou uma espécie de galã para muitas pessoas. Vale lembrar que por mais belo que seja o simbolismo de uma estrela, ela não representa um indivíduo necessariamente virtuoso. É como se reage às próprias tendências que forma uma atitude aceitável/desejável ou não. A lua de Saddam Hussein, por exemplo, estava conjunta a Antares, uma das estrelas reais da Pérsia. Aliás, ele foi enforcado, como reza uma parcela de seu simbolismo.
Moro só precisa não ser obsessivo (Parte da Fortuna em Virgem) e evitar atuar com excesso de força (Marte, Leão), evitando radicalismos que o possam derrubar de sua atual boa condição. Não seria lá muito aconselhável, a despeito da enorme potência para ganhar autoridade, candidatar-se à presidência. Não que não pudesse vencer. As chances são realmente muito grandes, mas ele é interessante para servir de contraponto a quaisquer poderes abusivos, sejam de esquerda ou direita. Seria bom manter-se como juiz, crescendo em sua profissão, andando, sempre, no fio da navalha, olhando para os dois lados com o mesmo senso crítico. Como presidente talvez não se tornasse tão admirado como o tem sido, na condição de juiz, de defensor do saber acadêmico e a uma forma inflexível, mas desejável de justiça, pelo menos em tempos de lamaçal vindo à tona. Ou talvez, toda Justiça deva ser inflexível, dentro dos limites do bom senso.
A ESTRELA REGULUS, A VISIBILIDADE E EDUARDO CUNHA – UM LEMBRETE
E quanto a Eduardo Cunha? Sim, ele possui algumas semelhanças interessantes com Moro, sobretudo no que se refere aos trânsitos e uma certa estrela real no Meio do Céu. Com os olhares das mídias focados no “triângulo amoroso” Lula-Dilma-Moro”, tem-se esquecido daquele que tem uma das visões mais conservadoras e radicais do país, tendo sido acusado, na Operação Lava-Jato, de receber milhões em propina. Cunha, cujo mapa, se estiver correto (e pelo jeito parece estar), teria Plutão na casa 10 e Saturno no Ascendente, em Sagitário, o que condiz com sua condição de propagador por diferentes vias (rádio, sites de internet – Sol conjunto a Mercúrio, Marte, dispositor da Lua, em Gêmeos) das ideologias de religiosos, não raro de posturas radicais. O elemento religioso fica por conta do Sagitário no Ascendente, muito embora o mesmo seja aparentemente uma ponte para obtenção de poder (Plutão na casa 10 e Saturno na 1). Poder e manipulação, algo em que Cunha parece ter maestria, relacionam-se às configurações do mapa do deputado, como Saturno e Plutão angulares (poder e controle, envolvimento com tudo o que permita persuadir, nem que seja por severas pressões e coerções, mesmo veladas), ênfase em Libra (as estratégias de confronto lateral, usando conchavos, trocas de favores) e a autodefensiva e reativa Lua em Áries, o contraponto da polidez libriana, levando constantemente ao confronto, à competição, elegendo sempre algum tipo de oponência, alguma espécie de dragão para enfrentar como um mítico cavaleiro andante. O problema é que todas as configurações convergem para o dogma, disfarçado, infiltrado (Júpiter, regente do Ascendente, conjunto a Netuno e na entrada da casa 12), nem sempre explícito, quase sempre confundido pelo domínio do linguajar (Mercúrio).

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O poder de Cunha consiste sobretudo em permanecer nas sombras, entre fogos cruzados, regulando os poderes ao redor (Libra) em função de seus próprios objetivos ou de ideais que deseja implantar a todo custo (Plutão angular em quadratura com Marte), afinal, ele crê estar “sempre certo” e tudo saber mais precisamente do que os demais (ênfases em Sagitário – Ascendente – em Virgem – Vênus nesse signo, em quadratura com Saturno – e em Gêmeos – Marte ali, sendo dispositor da Lua ariana). Pessoas com ênfases nesses signos normalmente têm a impressão de que o mundo ao redor “emburreceu”, sobretudo quando os aspectos envolvidos são tensos como os de Cunha, tomando para si a “missão” de fazer os outros pensarem como ele, nem que seja na marra, já que ninguém “pensa direito”. Há de fato algo de messânico em suas propostas, no sentido de “eu tenho a verdade e você terá que aceitá-la ou não será salvo” (leia-se: “não participará da cúpula dos bem-aventurados”), ou “implantarei meu modelo ideal custe o que custar, nem que eu morra por isso” embora isso seja feito na surdina (casa 12, Plutão, Júpiter em Escorpião). Cunha tem extrema facilidade de convencer pessoas enquanto permanece semi-oculto, articulando a maior parte do que faz fora das vistas públicas, embora mostrando, pelo uso das mídias (Mercúrio) o que interessa, por vezes desviando a atenção, por vezes gerando polêmicas, como o “dia do orgulho hetero”. Este, diga-se de passagem, seria algo bastante alinhado com sua Lua em Áries e com Marte em quadratura com Plutão, no confronto com uma tendência coletiva de apoio a minorias por muitos anos reprimidas na sociedade, como que temendo, paranoicamente (Plutão), a chegada de uma situação futura semelhante a quem não é homossexual. A Lua em trígono com Saturno e Plutão, Júpiter em sextil com Plutão, Mercúrio e Vênus em trígono com Marte, tudo isso consiste de grandes facilitações à chegada ao poder, em especial pela manipulação das crenças e pelos favores recebidos de outros poderosos, sobretudo favores econômicos. Astrologicamente isso seria marcado pelo seguinte:
a) Saturno é o regente da casa 2, que entre outras coisas, revela modos de adquirirmos nossos recursos pessoais.
b) Ele está em quadratura com Vênus, o que leva ou a enfrentar escassez no início da vida ou a permanecer com grande esforço evitando uma escassez que provavelmente só seus antepassados viveram. Por isso, usa de todos os meios para manter-se relativamente estável.
c) Essa estabilidade, nesse mapa, é conseguida, como já dito antes, por propagação de sistemas ideológicos ou de crenças, via Urano na casa 9 (crenças) em trígono com Saturno.
d) Curiosamente, Urano está em Leão, regido pelo Sol, que está conjunto a Mercúrio (comunicação). Cunha é economista (Saturno e Plutão angulares – lidar com recursos alheios e coletivos) e radialista (Mercúrio muito poderoso e Gêmeos enfático pela regência de Marte nesse signo sobre a Lua).
Seu mapa apresenta indicadores em condições que o alcance de objetivos políticos se torna realmente muito mais fácil e a infiltração em sistemas que ele deseja “converter” (Sagitário + Plutão enfáticos) bem simples e ágil. Não bastasse isso, o deputado nasceu com pontos cruciais do mapa em conjunção com estrelas extremamente poderosas e tidas como favorecedoras da ascensão social: Regulus no Meio do Céu, como Moro, e Arcturus e Spica, sobre o Nodo Norte. Spica, entre outras coisas, é a mais relacionada à fartura.
Em algum momento o deputado viria “à tona” e se tornaria alguém com uma notoriedade acima da média, mesmo para radialistas. Ocorre que seu poder, como disse, está nas sombras, e se ele está visível demais, parte desse poder é minado. É kryptonita.

Círculo interno: mapa de nascimento de Eduardo Cunha. Círculo externo: trânsitos gerais do dia 25/03/2016.
Nos trânsitos, a visibilidade está muito forte, apesar da Imprensa ter-se desviado um pouco para tratar do caso Lula. Nota-se a quadratura T nos ângulos, nas casas 1, 4 e 10, estando Júpiter na casa da visibilidade. De fato, Júpiter quando transita pela 10 granjeia o apoio de empregadores, superiores hierárquicos, há possibilidade de ganhar até simpatia do público. Cunha, porém, vive esse trânsito benfazejo sob complicadores severos, como esta quadratura, envolvendo Saturno em trânsito pela casa 1, em seu segundo retorno à posição original. Com todas essas pressões, dificilmente as atenções não tornarão a voltar-se para o deputado e tudo o que o envolve, como o processo de Impeachment contra a presidente Dilma e outro contra ele mesmo.
ATENÇÃO: LOTAÇÃO ESGOTADA para o evento “OS DESTINOS DO BRASIL E A PRÁTICA DA ASTROLOGIA”.
Como ficará o país ao longo de 2016 e um pouco mais? A relação entre a crise brasileira e o cenário internacional: como uma coisa afeta a outra? As disputas de poder, a economia, os problemas sociais. Ao final, uma apresentação sobre a prática da Astrologia, suas possibilidades e seus usos, para a vida pessoal, para o entendimento das situações coletivas e a importância de seu aprendizado com orientação adequada para a aplicação profissional.
O evento reúne vários astrólogos, com um olhar para essas questões, cada qual partindo de um viés, com uma formação diferente, mas complementar. A entrada é franca, mas as vagas são limitadas. É preciso confirmar presença com antecedência para reservar.
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