O caos no Rio de Janeiro de 2013, 2014 e mais um pouco.

paesLogo quando Paes foi eleito, fui chamado numa rádio carioca para fazer previsões do ano e também para mencionar algumas características do prefeito que assumiria (ele). Quando disse que aquela índole Scorpio + Caprica (respectivamente Sol e Lua) se assemelhava, resguardadas as devidas particularidades entre os dois “personagens”, à do Batman dos quadrinhos, em suas facetas mais radicalmente intervencionistas e centralizadoras (esta é a “minha cidade, ninguém mete o bedelho, quem manda aqui sou eu”) não deram lá muita bola. Ele tem manifestado a face mais controladora e sem meio-termo da combinação. Na época disse que as alterações que ele faria seriam radicais, com base numa sinastria entre o mapa dele e o do Rio de Janeiro, não importando o tamanho das reclamações e que se isso se intensificasse ele agiria com mão de ferro (Batman!, só que não tão heróico assim). Uma ouvinte disse ao vivo: “Espero que esse astrólogo aí esteja errado, o Rio de Janeiro não tem que passar por algo assim. As coisas não são simples desse modo que ele colocou.” – ao que respondi: “olhe, eu também quero estar errado, juro que quero…”. E isso ainda era a virada de 2008 para 2009…

Se o horário que obtive de uma reportagem com o astrólogo Max Klin estiver correto, então não é lá muita surpresa o caos ter-se instalado no território urbano: Netuno e Quíron em trânsito passam pela casa 4 do prefeito. As fundações da cidade estão sendo reviradas. O Quíron de Paes situa-se a apenas 6 graus do Mercúrio do Rio de Janeiro, uma conjunção, portanto, que mexe justamente com o trânsito da cidade e de forma não muito agradável. Ainda que não se considere Quíron algo válido na leitura (o que seria um desperdício), Plutão de Paes faz oposição partil (exata) com o mesmo Mercúrio, bem no eixo das casas 4 e 10 (olha a hiper-valorização dos imóveis no Rio, preços abusivos, aluguéis extratosféricos…). Vai se tornar conhecido historicamente como “o cara do caos urbano e das ações invasivas a título de reforma de base”. Não bastasse isso, o Netuno do mapa de Paes está em órbita de oposição com o Ascendente Gêmeos do Rio de Janeiro. Os fluxos e refluxos são todos alterados, com privilégio das áreas marinhas ou próximas às localidades com grande volume de água. Não seria preciso nem mesmo uma análise astrológica para deduzir que a Zona Sul seria privilegiada ou passaria pelo processo antes de todas as demais.

Quero crer que essas modificações tão radicais no espaço urbano, claramente sendo feitas em função de grandes eventos e não necessariamente em favor da população, tenham o efeito benéfico que se vem propagando, sem exclusões/segregações de curto, médio e longo prazo como é de praxe na História da cidade, desde Pereira Passos e até antes, com a chegada da Família Real.

Vênus e Júpiter de Paes mobilizam bastante a casa 5 do Rio de Janeiro. Isso pode ser vantajoso em termos justamente do projeto esportivo que dizem justificar a maior parte das obras. O maior benefício realmente pode ser o das áreas de lazer e o do aspecto cultural bastante valorizado.

Carlos Hollanda

 

Júpiter e Mercúrio – Mente Superior e Mente Inferior

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“Que se faça a luz” – aquarela, gouache e nanquim sobre canson. By Carlos Hollanda

Não há tanto mistério assim nas denominações de Mente Superior e Mente Inferior, respectivamente para Júpiter e Mercúrio. O diálogo entre esses dois aspectos da mente e da percepção se dá mediante uma troca saudável entre as leituras objetivas e os elementos sincrônicos e significativos ao redor. Estes últimos só requerem uma percepção das “coincidências” que surgem enquanto você estabelece uma linha de raciocínio e um relaxamento da lógica linear. O exercício que vai aos poucos proporcionando essa percepção dupla entre consciente e inconsciente, entre o mundo comum e o mundo “dos deuses”, é o de manter a simultânea atenção aos assuntos discutidos no momento ou às condições locais e as sincronicidades de indicadores aparentemente improváveis.

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Em palavras mais palatáveis, eis um exemplo: enquanto estiver tentando entender um problema ou uma questão, se estiver caminhando na rua conversando com um amigo, observe o que está se passando ao redor. Quanto mais “conectado” você estiver, mais conseguirá perceber “mensagens” nas entrelinhas (às vezes explicitamente!) do que o circunda. Um anúncio no ônibus que passa contém uma certa frase relacionada ao seu processo do momento, um pássaro de determinada espécie que pousa a poucos metros quando você tem a necessidade de um “sinal”, um inseto insistente ou uma borboleta que lhe surge quebrando a linearidade de expectativas, até a topada dolorida numa tampa de bueiro com dizeres estranhamente afinados com o encadeamento de pensamentos e realidades experimentadas naquele momento de conexão.

 

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Esta conexão só ocorre na articulaçãoentre as duas mentes. Um excesso de atenção à Mente Superior (Júpiter) sem a regulagem da Inferior confunde, exagera, distorce e torna ridículas as percepções e dizeres que partem delas. Por outro lado o excesso para a Mente Inferior (Mercúrio) ridiculariza tudo, tenta explicar tudo, faz piada do sentido potencialmente mais profundo e “desliga” a conexão com facilidade. É a situação em que, após alguém demonstrar o que exemplifico agora, outro, mais mercurial, usa os mesmos recursos, mas sem a articulação das duas mentes, para induzir todos a enxergarem a visão inicial como credulidade e falta de critério. Normalmente o faz na forma de galhofa e ironia e geralmente o ato parte de informações bastante parciais a respeito dos assuntos elencados na percepção inicial. A mente puramente mercurial, apta a lidar com o mundano, o prático, o técnico e o lógico como nenhuma outra, é extremamente inábil para suplantar esse nível da racionalidade. Para quem está inspirado pela mente jupiteriana (e isso em momento algum significa que alguém que tem Júpiter forte no mapa seria melhor do que os mercuriais nem vice-versa) deixar de tropeçar num buraco porque um gato passou correndo à frente pode ser um sinal de proteção ou um aviso de que alguma potência está em ação além de seu controle normal. Para a mercurial, isso seria ou uma coincidência desprezível, nada com o que perder tempo, ou motivo para dizer ao “crédulo” à sua frente: “você, que acredita nessas bobagens, logo verá que uma ‘gata’ furiosa vai cruzar seu caminho, hein!”. Não seria uma surpresa se uma mulher bonita, indignada, passasse, algumas quadras à frente ou alguns dias depois, vestindo uma calça de oncinha, e apontasse o dedo ao mercurial reclamando que ele derrubou sem perceber um copo de bebida em sua roupa nova…

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A técnica do Retorno Solar e suas particularidades

Uma coisa a se observar na técnica do Retorno Solar (ou Revolução Solar) é seu processo de antecipação. Todas as ferramentas de previsão em Astrologia apresentam uma faixa, variavel de indivíduo para indivíduo, de antecipação em suas delineações e datações. A do Retorno Solar costuma ficar em torno de um mês antes da data propriamente dita. As nuances que o mapa daquele ano apresenta vão ganhando contornos aos poucos e é possível perceber que as características do mesmo já tem sido experimentadas. Isso pode ocorrer de maneira subjetiva tanto quanto objetiva, em condições paupáveis. Uma analogia interessante para isso é a da câmara de descompressão, das práticas de mergulho. Você está saindo de uma ambientação psicológica, social, material etc., bem diferente e como a natureza atua quase sempre de modo gradativo, há esse período de adaptação em diferentes níveis de realidade, até que seu sistema físico e psicossocial se ajustem adequadamente.

 

Se o seu aniversário está próximo em cerca de um mês, calcule (ou peça a um amigo ou, ainda, marque um atendimento com um profissional) seu Retorno Solar e verifique este processo. Há essa mescla de estações, em que se finaliza lentamente o último Retorno e se prepara o seguinte. É uma forma de fazer seu estado consciente e objetivo alinhar-se mais eficazmente com os potenciais que experimentará ao longo dos próximos 12 meses.

Carlos Hollanda

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Dia 24/03/2014 terá início a nova turma da Formação em Astrologia da UCAM-Ipanema. As disciplinas iniciais são “Mitologia e Simbolismo dos Signos e Planetas” e “Zodíaco, Signos e Planetas – Introdução”. Informe-se: (21) 2525-1000, ramal 1064.