Logo quando Paes foi eleito, fui chamado numa rádio carioca para fazer previsões do ano e também para mencionar algumas características do prefeito que assumiria (ele). Quando disse que aquela índole Scorpio + Caprica (respectivamente Sol e Lua) se assemelhava, resguardadas as devidas particularidades entre os dois “personagens”, à do Batman dos quadrinhos, em suas facetas mais radicalmente intervencionistas e centralizadoras (esta é a “minha cidade, ninguém mete o bedelho, quem manda aqui sou eu”) não deram lá muita bola. Ele tem manifestado a face mais controladora e sem meio-termo da combinação. Na época disse que as alterações que ele faria seriam radicais, com base numa sinastria entre o mapa dele e o do Rio de Janeiro, não importando o tamanho das reclamações e que se isso se intensificasse ele agiria com mão de ferro (Batman!, só que não tão heróico assim). Uma ouvinte disse ao vivo: “Espero que esse astrólogo aí esteja errado, o Rio de Janeiro não tem que passar por algo assim. As coisas não são simples desse modo que ele colocou.” – ao que respondi: “olhe, eu também quero estar errado, juro que quero…”. E isso ainda era a virada de 2008 para 2009…
Se o horário que obtive de uma reportagem com o astrólogo Max Klin estiver correto, então não é lá muita surpresa o caos ter-se instalado no território urbano: Netuno e Quíron em trânsito passam pela casa 4 do prefeito. As fundações da cidade estão sendo reviradas. O Quíron de Paes situa-se a apenas 6 graus do Mercúrio do Rio de Janeiro, uma conjunção, portanto, que mexe justamente com o trânsito da cidade e de forma não muito agradável. Ainda que não se considere Quíron algo válido na leitura (o que seria um desperdício), Plutão de Paes faz oposição partil (exata) com o mesmo Mercúrio, bem no eixo das casas 4 e 10 (olha a hiper-valorização dos imóveis no Rio, preços abusivos, aluguéis extratosféricos…). Vai se tornar conhecido historicamente como “o cara do caos urbano e das ações invasivas a título de reforma de base”. Não bastasse isso, o Netuno do mapa de Paes está em órbita de oposição com o Ascendente Gêmeos do Rio de Janeiro. Os fluxos e refluxos são todos alterados, com privilégio das áreas marinhas ou próximas às localidades com grande volume de água. Não seria preciso nem mesmo uma análise astrológica para deduzir que a Zona Sul seria privilegiada ou passaria pelo processo antes de todas as demais.
Quero crer que essas modificações tão radicais no espaço urbano, claramente sendo feitas em função de grandes eventos e não necessariamente em favor da população, tenham o efeito benéfico que se vem propagando, sem exclusões/segregações de curto, médio e longo prazo como é de praxe na História da cidade, desde Pereira Passos e até antes, com a chegada da Família Real.
Vênus e Júpiter de Paes mobilizam bastante a casa 5 do Rio de Janeiro. Isso pode ser vantajoso em termos justamente do projeto esportivo que dizem justificar a maior parte das obras. O maior benefício realmente pode ser o das áreas de lazer e o do aspecto cultural bastante valorizado.
Carlos Hollanda