Mapas da tragédia no Rio Grande do Sul

Este post não é sobre previsões e sim uma indicação de fatores que estão associados mais diretamente ao que veio ocorrendo no Rio Grande do Sul desde 29 de abril de 2024. Não tenho ainda (09/05/2024) dados precisos para calcular o mapa da Fundação de Porto Alegre, falta o horário (ainda aguardo os dados da pesquisa de alguns colegas). O outro, com horário preciso, é o da Revolução Farroupilha – 20/09/1835 – 04:30 – Porto Alegre, que se encontra (azul) no conjunto de fotos com os trânsitos de 29/04/2024. Nesse mapa os trânsitos incidem em pontos que correspondem perfeitamente à situação.

Trata-se de uma calamidade envolvendo grande quantidade de água, ruínas, vítimas e a mobilização de enorme esforço de solidariedade, com o obstáculo de notícias falsas (cuidado!) sobre vários pontos cruciais das tentativas de auxílio. Tudo aponta na direção dos trânsitos de Saturno e Netuno em Peixes, que tiveram a companhia tensa de Marte transitando pelo signo até o dia 29. Marte serviu de gatilho para os potenciais indicados pelo trânsito dos dois supracitados planetas lentos. As crises hídricas, das quais venho falando há alguns anos, inclusive em 2020, 2021, 2022 e 2023, em eventos de previsões de minha Escola de Astrologia (veja aqui, por exemplo, um trecho de 2020) e nos Simpósios Internacionais do SINARJ, vêm ocorrendo em diversas regiões do planeta com potenciais de agravamento a cada ano. Desde 2011, quando Netuno ingressou em Peixes esse potencial se intensificou e, em 2023, com o ingresso de Saturno no mesmo signo, estruturas passíveis de ruína, locais passíveis de ação de grandes quantidades de água ou falta dela, se tornaram muito mais vulneráveis.

Outros trânsitos lentos em signos do elemento Água (Câncer, Escorpião, Peixes) também podem indicar épocas de vulnerabilidade em questões hídricas. Será o caso de Júpiter em Câncer, que iniciará seu trânsito em meados de 2025, juntamente à conjunção de Saturno-Netuno em Áries. Esses dois últimos, aliás, nem precisam estar em signos aquáticos, basta estarem em conjunção ou em aspectos tensos para envolver ruínas com água ou falta dela. Sim, em tantas vezes o simbolismo se manifesta de maneira literal.

O mapa da Farroupilha corresponde perfeitamente ao que ocorre em geral ao Estado do Rio Grande do Sul e, conforme os trânsitos do momento, são justamente os pontos afetados e gatilhos.

Vale lembrar que há uma coincidência entre essa enchente e a segunda maior do Estado, ocorrida em 1941, que muitos têm indicado como diretamente relacionada à conjunção de Júpiter-Urano. Todavia, ATENÇÃO: essa conjunção não é necessariamente uma espécie de provocadora de estragos. No máximo, ela representa tudo o que aumenta e alastra, mas para que seja algo nocivo é preciso haver alguma participação de Saturno, Urano, Netuno ou Plutão (ou todos juntos) nas configurações do período ou formando aspectos entre si, nos trânsitos, ou ativando pontos críticos em mapas radicais de regiões, países e outras instituições coletivas. É precisamente o caso da enchente de 1941, em que Júpiter encontrara Saturno antes de chegar à conjunção com Urano. Júpiter e Saturno formaram conjunção com Vênus e quadratura com Júpiter radical de Porto Alegre (mapa sem horário), sendo que Netuno (Água) já se aproximava de uma oposição com o Mercúrio radical. É bem possível que esses fatores sejam regentes de casas daquele mapa relacionáveis à tragédia, como a 4, a 8 ou a 12 ou, até, ao Ascendente e ao Meio do Céu, fatores preponderantes em uma carta astrológica. Reparem, igualmente, que Netuno de 2024 forma conjunção com o Mercúrio radical de Porto Alegre. As casas onde se situarem Gêmeos e Virgem (regidos por Mercúrio), em um mapa com horário correto, podem dizer muito sobre o que vem ocorrendo.

No entanto, o mapa da Revolução Farroupilha é extremamente mais preciso em relação a tudo isso. Sobre ele, os trânsitos de 10/04/1941 (início das enchentes daquele ano) são nitidamente associáveis a calamidades com recursos hídricos, lembrando que, para começar, Porto Alegre fica à beira de um rio enorme, o Guaíba. Ali, Netuno formava conjunção com Vênus-Sol, enquanto Plutão fazia oposição com Netuno radical (agora temos uma conjunção – ver o mapa no início deste artigo). Notem, igualmente, que o Sol rege o Ascendente desse mapa e também a Lua, situada em Leão. A Lua é também indicador de assuntos ligados à água, além de alimentação, residência e coisas similares ao que é diretamente afetado em casos assim. Nesse mapa radical (o do início da Farroupilha), Júpiter, que se encontra em Câncer, rege as casas 4 e 5, em Sagitário, além de reger Peixes, no caso, interceptado, mas com o trânsito de Saturno e Netuno por ali. Esse Júpiter teve uma ativação pelo eclipse de 8 de abril de 2024, em 19 graus de áries, que também tocou o Plutão desse mapa. Sendo Júpiter regente da casa 4, as relações com o solo, subsolo, território são diretas, quando ele é atingido por algum aspecto. Havia uma certa propensão a algo incomum nesse campo. No entanto, Plutão em trânsito está diretamente em conjunção com Netuno (ÁGUA!) do mapa da Revolução. Não bastasse isso, Netuno em trânsito continua formando oposição com o Sol desse mapa. Reparem na conexão entre Plutão-Netuno e seus aspectos nas duas grandes enchentes, a de 1941 e a de 2024.

Saturno e Netuno em trânsito por Peixes formam aspectos tensos com o mapa da Independência do Brasil também. No mapa do Grito do Ipiranga o trânsito de Saturno forma oposição com o Sol radical, Netuno forma conjunção com Plutão e Marte transita como um gatilho sobre esses pontos. A situação no Sul é assunto para todos os brasileiros e eu diria que também é para toda a humanidade, já que esse é um exemplo do que pode ocorrer em diversas partes do mundo daqui para frente, caso não haja medidas preventivas muito sérias. Vale reiterar que não é só no Sul, mas no mundo todo. No Brasil também é imperativo cuidar do Cerrado e das muitas reservas naturais que ainda resistem. É preciso cuidar das florestas, é preciso tratar bem a Terra e educar a população, além de impor leis que obriguem políticos, grandes produtores agrícolas e indústrias a respeitarem o meio ambiente, do contrário só teremos reprises ainda piores dessa situação.

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