12 dicas para começar (e continuar) a estudar Astrologia

  1. Não é possível aprender a atuar como astrólogo somente assistindo vídeos e lendo observações superficiais. É preciso combinar isso com leituras densas e comparações contínuas com as realidades vividas por si próprio e por outras pessoas. Leia livros descritivos, mas jamais deixe de ler livros que promovem o raciocínio conceitual. Repito: astrólogo que tem bom desempenho é astrólogo que lê muito para sempre (me refiro a uma leitura criteriosa, não é qualquer invencionice) e que aplica o que leu o quanto possível, revendo parte do que leu e transformando aquilo quando a realidade mostra que é preciso ajustes.
  2. Receitas de bolo (aquelas famosas quadrinhas com indicações padronizadas, tipo “Escorpião é ciumento”) ajudam até certo ponto como referência, mas você precisa desenvolver isso, ultrapassar isso, construindo a leitura como um todo, a partir do conhecimento dos conceitos. Se tudo dependesse de receitas de bolo, bastava um programa de computador reproduzi-las combinadas para que você tivesse tudo resolvido, não importa qual seu contexto de vida.
  3. Claro, se há cursos de pessoas confiáveis ou de instituições sendo oferecidos, procure-os, faça seu plano de estudos, mantenha a leitura em dia, aplique o que aprendeu passo a passo, anote suas dúvidas e incertezas, colecione resultados positivos e negativos, pois o conhecimento vem pelos dois lados;
  4. Não se manter restrito à literatura astrológica. Estudar diferentes áreas, inclusive, e sobretudo, saberes não-esotéricos e ciências. Você participa do mundo e, portanto, precisa saber se comunicar com todas as instâncias possíveis. Mas claro que outras áreas divinatórias, simbólicas e metafísicas são extremamente bem vindas;
  5. Geralmente, devido à popularização dos horóscopos e resumos no senso comum, se desperta o interesse pela Astrologia através da descrição do signo solar e outros resumos de traços comportamentais e da personalidade. Também é resultado de algumas décadas de ênfase numa leitura mais psicológica, que é ótima, mas não é a única coisa e não abarca tudo o que a Astrologia pode abranger. É melhor tentar conciliar isso com uma visão mais factual, isto é, com o que, de fato, se pode colher de concreto, na interpretação de um símbolo em si ou de um vaticínio. Assim, ao vermos que tradicionalmente se afirma determinada coisa, é preciso verificar se essa coisa ocorre com frequência e quão grande é essa frequência, antes de adotarmos a afirmação como válida para a maioria dos casos. Assim, para começar, tenha seu próprio mapa já calculado e aprenda a identificar os símbolos. Em seguida, aplique-se nos estudos indicados nos itens 1 e 2, para absorver pela própria experiência os significados dos fatores ali contidos;
  6. Colecionar mapas de nascimento além do seu próprio mapa. Seriam os de pessoas próximas e pessoas famosas, comparando o histórico dessas pessoas com o que lhes aconteceu ao longo dos anos. O mapa de nascimento mostra o potencial geral para a vida. Uma vida adulta pode fornecer preciosas comparações entre sua realidade e historicidade e os símbolos dispostos no mapa. Quanto a pessoas famosas, procure por fontes confiáveis, como o Astrodatabank.com, com classificações precisas sobre os dados obtidos;
  7. Fazer o mesmo do item anterior, observando, em seu próprio mapa e nos das pessoas que irá analisar, seus históricos de vida e aquilo que vem ocorrendo com elas (e com você) na atualidade. Fazer comparações entre esse histórico, a atualidade e os trânsitos e outras técnicas de previsão, com o que elas indicam na época em que algo ocorreu. Comparar isso com o que é afirmado na literatura técnica em Astrologia.
  8. Ser tão teórico quanto empírico. Ser tão seguidor do que dizem os grandes nomes quanto ser pesquisador independente, aplicando os saberes e construindo sua própria linguagem de acordo com o que sua experiência pessoal acumulada vem dizendo.
  9. Não achar que a linha que escolheu seguir é superior às demais ou que você descobriu “a grande verdade da Astrologia”, acreditando que tudo o que já havia antes, e que sempre teve resultado visível, não seja válido. O simples fato de ter havido resultado, na forma de correspondências das realidades internas, externas e simbólicas já mostra que as formas anteriores têm validade e que você não precisa tentar destituí-las para fazer valer o modelo que julga ser melhor. Fazer o contrário disso é como dizer que um idioma é melhor do que o outro, tornando este último inválido. “Cadeira” e “chair” são a mesma coisa, com formas diferentes de indicar o mesmo objeto. Dadas as devidas diferenças entre idiomas, isso serve como analogia às linguagens utilizadas com base em raciocínio simbólico, como Astrologia.
  10. Alguns sistemas de concepção da Astrologia e alguns métodos são bastante diferentes, mas se ambos, com todas essas diferenças, indicam o mesmo vaticínio e uma mesma descrição de um caso específico, o problema não está nas metodologias e sistemas, mas no suposto intérprete, que deseja poder em detrimento dos demais. Isso se dá, normalmente, através de tentativas de descredibilização ou desqualificação dos métodos. Muitos que assim procedem podem ter iniciado por um caminho de forma equivocada e passaram para outro, julgando que os erros que cometia, ou as incoerências que não resolvia, se deviam à metodologia usada naquela primeira forma. Talvez tenha faltado a devida orientação, o devido interesse ou é mesmo a vaidade que tem falado alto demais.
  11. Eu diria para se começar do começo, sem desespero para chegar logo ao máximo desempenho e impressionar a todos com seus “dotes divinatórios”. Atualmente há uma profusão de cursos de diferentes escolas e estilos. Você não irá enriquecer com Astrologia tão rapidamente. É bem provável, aliás, que isso nunca aconteça, exceto se você já tiver nascido em berço de ouro e tiver muitas indicações entre os mais abastados para manter sua prática desde seu início. Mas um bom trabalho, bem consciencioso, paciente, sem querer dar passos maiores do que as pernas, irá garantir uma clientela fiel e uma boa remuneração. Ela irá flutuar, com meses em que você ganha mais e outros menos. Será preciso um gerenciamento desses recursos e das atividades que desenvolve. Mas no fundo no fundo, o que é preciso é um grande interesse pelo ser humano, por ajudar, por distribuir benefícios na forma de esclarecimentos e promoção de consciência, por extrair o melhor até quando há situações muito difíceis. A essência do atendimento e da produção de conhecimento é essa. Se você estuda Astrologia meramente para ganhar dinheiro, sem ter o desejo de encontrar soluções para si e para o próximo, então cumpriu só um terço da proposta. Nada contra ganhar dinheiro, ele é um bom motivador e você precisará dele para fomentar seus estudos e aperfeiçoamento, para viver decentemente, pagar suas contas, mas não pode ser o único.
  12. Não pense que por ter uma certificação de alguma escola, associação o órgão nacional ou internacional você passará a ter o mesmo respaldo de um profissional graduado ou pós-graduado em ciências legitimadas academicamente. A ciência vigente não considera a Astrologia válida em seus moldes. O que o reconhecimento dos pares pode promover, e isso é, sim, valioso, é um endosso para o fato de que você não saiu do nada ontem, tendo lido um horóscopo da semana e resolveu dar atendimentos. Mas mostrar isso para um cientista como se isso legitimasse seu saber, será motivo de riso, quando não for de repúdio violento e preconceituoso. Será preciso muito mais para tanto e isso requer uma trajetória muito longa, com muitos percalços e poucas vitórias, quase sempre obscurecidas pelo status quo e pelo medo dos que viram que a coisa funciona, mas não querem ter suas reputações abaladas por confirmarem tal funcionamento. As certificações ou mesmo o reconhecimento de seu autodidatismo bem fundamentado entre os pares astrólogos são também uma ajuda para termos uma quantidade maior de profissionais confiáveis, apesar dos aventureiros e apressados que acham que já dominam tudo sem o devido preparo. Mas apesar dos percalços, ainda é uma vida boa poder fazer aquilo de que se gosta com independência e ainda ajudar os outros.

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Um comentário em “12 dicas para começar (e continuar) a estudar Astrologia

  1. Quando converso sobre astrologia, com gente que acha que o conteúdo é somente, signos, as pessoas ficam surpresas, do quanto a astrologia contribui para humanidade.

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